quinta-feira, 22 de abril de 2010

Quem se mostra e passa
que se aceita não passa
pensa pecebe
bolha moscapulmão pneu
chão asfalto breu
rasgo pasto pão
menos césio grão
tão cor
flor

tanto pano viagem
tanta vida passagem
passa psiu
correu sumiu

acabou de escrever
fechou o caderno
guardou a caneta
abriu o armário
acabou o café
saiu pra comprar
na esquina foi visto
peguem ele,
que cara estranho
um escritor
pau nas costas
murro bocacete
pano folha sangue
chão pneu cantando
e o coito agredido
a polícia revolta

desceu a rua
em busca de mais um ladrão para roubar
de um escritor,
de um poeta pra apanhar
quem é diferente igual apanha
quem é igual
diferente apanha
na calça
na sobras
nos restos
nas bostas

das letras

apanha o que sobra e vai ------>> ao dentista
refaz
coloca desloca
costela
vértebra
panela
alquebra
desregra
a vida do homem
da lei
da vida dura
da boca pura
de um falante
alto no carro
corte de faca
de pão e de mata

Nenhum comentário:

Postar um comentário